domingo, 17 de junho de 2012

REFLEXÕES PERFORMATIVAS


Em diálogo com as performances 'Ikebana' (Rose Boareto) e 'Salto Agulha (João Matos)

Que as performances representem a expansão das experimentações e proposições de sensações pelos sentidos. Que aproxime as formas de linguagem, que implique intencionalmente e por exercício, estabelecer parâmetros desconhecidos. Para ver o que acontece. Que barulho/ruido faz. Se é distante de mim, enquanto artista, também é distante do outro. Temos a possibilidade o de faze-los -espectador/público/plateia/sociedade - passar por isso. como artistas, testar com eles o que testamos em nós. Sem que saibam. Faz parte do nosso dever. Faz parte do nosso poder. Da poesia, da dança, da pintura, da música, do teatro, do circo.
...comendo pétalas. Atos sagrados. Círculos de profanação. Vida e morte.

Quando se torna um espetáculo? Quando se repete? Se dar continuidade a inquietação contida na síntese? No desdobramento da síntese? Da performance de experimentar o mesmo caminha incansáveis vezes no mais curto espaço-tempo possível? Será que quanto mais curto o espaço-tempo de repetição mais rápido o processo de dominar o modo de fazer, de identificar a técnica, de refinar? Também, quando se opta por adentrar em outros universos, ocupar novos territórios, sabendo que trata-se da expansão das possibilidades, de eloqüência, de comunicação, de anarquia, de poder?

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