segunda-feira, 18 de junho de 2012

DIÁLOGO II


Acredito que o mais divertido de tudo é ter a confirmação das incertezas.
É ter a clareza dos princípios.
É saber, de fato, onde o conhecer acontece, onde o aprendizado se dá.
NA RUA!!!

Quem sabe, um dia, os “professores do saber” aceitem um convite para passear por lugares e caminhos que só conhecem por jornais, para ver o que acontece com todo o seu intelecto respaldado em certezas não vividas e apenas observadas através das mídias ou de dentro dos seus carrinhos luxuosos com ar condicionado, vidros, travas elétricas e repleto de bom ar, para esconder seu próprio fedor.

Quem sabe, um dia, os intelectualóides ousem pisar no chão e larguem de idiotice, porque no fim a questão está além de onde se mora. Somos reflexo do  Brasil, mas isso é reflexo do mundo, da merda que botamos a descer pela privada. Dos intelectuais, as verborrágias condecoradas com "breves", títulos que só valem para seu próprio universo e que fora deste, mal serve para limpar o cú - a gramatura machuca o ânus.

Quem sabe, um dia, deixem de falar de mapas, pois mapa é olhado por sobre, de modo externo e que acaba construindo uma certeza de conhecer sem nunca ter pisado. 

Quem sabe, um dia, se interessem por mapear, por pisar o chão e entender como as relações acontecem.

Quem sabe, um dia, aprendam o sentido de "com licença, por favor e obrigado".

Quem sabe, um dia, optem por abrir mão dos conceitos e queiram viver os caminhos que estes indicam, com suas próprias pernas. 

E que sabe, um dia, optem por viver acreditando em "princípios" e não mais buscando os "fins".

Optem por perguntas e ao contrário de resposta.

Entendam que as palavras têm força , mas os exemplos - que são vivências, experienciações - têm muita mais.

Entendam que é na carne que se vê a vida e o papel conta a história ou...limpa a bunda, mas "é com água que se limpa".

Por fim, que sejamos nós a falar em primeira pessoa, pois "somos o que somos", pois somos é somos até de traz pra frente e se somos de todo modo, nada mais justo - adequado, coerente - que o somos sejamos "eu" ou "eus".

Que os verbos sejam usados em primeira pessoa e que cada um fale por sim, com todos seus referencias e vivências.

Que o "eu" sejamos nós e que deixemos de nos esconder por traz das teorias.

Que cada um assuma a merda de viver na merda que semeia no mundo!!!

É importante saber o que se está plantando!!!

Então...verbos à parte...

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