domingo, 17 de junho de 2012

DIÁLOGO - I


Tudo no fluxo.
O cotidiano retorna e as implicações do devir também.
Um dev-ir.
Um dev-vir.
Um continuar.

O estar vivo é um estar feliz.
A busca é a permanência e a adequação.

Acredito no ambiente de troca e na defasagem deste.
Mas acredito mais ainda em encontrar meu ambiente ou construí-lo.

Opto por acreditar que as coisas são diferentes do que nos apresentam quando chegamos ao "mundo" e por ele seguimos, mas por vezes elas falam muito alto e reverberam num todo.

Sei lá doutora!
Acho que poucas vezes me senti tão ouvido.

Mas o desejo de falar, de expressar-me é tanto que me dói.
Dói a ignorância, a minha e a que me atravessa.

Tenho dores por sentir-me inútil, de achar que só poderei em determinado momento, com pré-requisitos.

O que legitima, o que valida, o que fazer? Acredito e defendo que é só o fazer.

Quero ficar na acima da mediocridade, acima do cinismo e da falsidade.

Mas a transparência é um desafio, num revelar-se, desnudar-se, deixar invadir-se ao invadir pelo ato de mostrar-se verdadeiro, sem mascaras, rompendo a hipocrisia, declarando guerra contra si próprio. E quando fazemos isso, fazemos com todos à nossa volta, pois somos um, somos uma sociedade, sou fragmento do meu todo, e talvez o fragmento desgarrado, rebelde, radical, anarquista e isso incomoda, muito!

E o incomodo do outro é o meu reflexo e o dele mesmo!

Pra onde ir?
O que fazer?
O que?
Por quê?
Pra quem?
Por quem?

Que arte?
Qual arte?

Teatro, dança, performance, palhaço?
Tudo?

São tantas correções!

Tantos "modos certos".

Qual é o modo certo?

Qual o modo "centro"?

Sei lá!

Qual o eixo, como é? Qual a terra, como aprender a fazer com as dúvidas?
Qual o tempo que nos pertence? A cada um de nós?

Outras caras.
Outros mundos.
Outros modos.

Quero fugir para encontros!
Pois a porra é a arte! 

Pelos deuses!
Que na minha arte - que um dia a encontrarei – “não” passe nada!
Ou bem melhor: Que Passe Tudo!

Que tudo seja presente memória, revivida em todos os re-memorar, a cada tornar presente.
Que minhas dores não cessem e como terra, que suporte cada pisar.
Como rocha, que sirva de apoio.

Os pensamentos me cansam, já não consigo ler mais nada, não me concentro no meu fazer, não sei ao certo o que quero, deixo de escrever porque estou pulverizando meu foco!
Mas “meus focos” se aproximam tanto, não entendo porque é são complicados e parecem tão distantes.

Quero sair, conectar com alguns que dependam de menos conceitos e tenham atitude de fazer mais.

Quero mais ações e menos blablações!

Quero companhias que sorriam e recebam críticas, que dispensam a defesa.
Quero que seja sem dor e sem defesas.
Críticas são reflexos e expressões de dúvidas!
Quero aprender com elas!

Contudo, me sinto mais direto com as palavras, mas incisivo, por vezes áspero ou até ríspido.
Tenho tido cuidado para ser objetivo sem ser afetado.

Perceptível! rsrs

O problema?
"Eu"?
"Eu"!
“Eus”?
“Eus”!
Mas o "eu" somos “nós”?

Temos que apontar soluções.
Precisamos de perguntas ao contrário de respostas!

Quero as perguntas!

Existir é tão intenso que necessita rigor!
Amar precisa de rigor.

Amo o que acredito!
Sinto que quero um bem além de mim mesmo!

Quero viagens transcendentes.

E como são pobres os valores pelos quais transitamos!

Talvez eu esteja carregado demasiado-humano-demasiado da tresvalorização dos valores!

Obrigado pela atenção!

Ah! Perdoe-me os talvez, os através!
Até onde a minha ignorante memória do aprendizado mal aprendido/apreendido me permite!

E sigo levando com o palhaçaria!
Com a “Arte do Fazer Sorrir”!

Até breve!

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